Ansiedade e Depressão são transtornos mentais com crescimentos expressivos nas últimas décadas. Esses transtornos, embora diferentes, muitas vezes estão ligados e refletem aspectos da sociedade contemporânea, aliado à escassez de apoio que os indivíduos recebem. A baixa autoestima, por outro lado, podendo acompanhá-las, tem aumentado consideravelmente entre adolescentes e adultos, frequentemente ligadas ao processo de crescimento e sucesso exigirem muita pressão para além do qual o sujeito é capaz de aguentar.
Enquanto a ansiedade é conhecida por uma preocupação excessiva pelo futuro – podendo ser até paralisante -, a depressão se retrata na tristeza persistente, falta de motivação e prazer em atividades antes familiares. Ambas podem decorrer do excesso de cobranças, estilo de vida acelerado, a ponto de não haver espaço para a construção de vínculos sólidos, tampouco, tempo para autocuidado. A pressão pela performance, sucesso e beleza ideais propagados nas redes sociais também reforçam o sofrimento pelo suposto fracasso da pessoa, sentindo-se inadequada.
Isso se dá em muitos contextos, de adolescentes que se sentem sozinhos em suas descobertas no quarto e com medo do julgamento alheio até pais sobrecarregados, sentindo-se culpados por não darem conta de tudo.
É essencial lembrar que o aumento dos transtornos, inseguranças e desgaste decorrente das pressões não serem sinais de fraqueza, mas um alerta sobre a sociedade e a falta de espaço para que o indivíduo possa olhar para si mesmo. Por isso que a escuta, o acolhimento e o acompanhamento profissionais, com a rede de apoio da pessoa, são essenciais para resgatar o autocuidado da pessoa em sofrimento.
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